sábado, 10 de maio de 2014

Linguística



A Linguística é o estudo científico da Linguagem. Surgiu em meados da década de 1960, na Europa, principalmente na Alemanha, onde suas bases foram criadas: o Estruturalismo de Saussure e o Gerativismo de Chomsky.

Ferdinand de Saussure

Nascido em 26 de novembro de 1857 em Genebra, Suíça, deu início aos estudos linguísticos. Saussure ministrou aulas de linguística na Universidade de Genebra, entre os anos de 1907 e 1910. Três anos após sua morte, em 1916, seus alunos Charles Bally e Albert Sechehaye compilaram as informações aprendidas nas aulas e editaram o Curso de Linguística Geral – no qual apresentam-se diferentes conceitos que serviram de base para a Linguística Moderna.

Entre outros estudos, as principais contribuições feitas por Saussure foram as dicotomias:

Língua X Fala (Langue X Parole)

Saussure considerava a Língua como um conjunto de valores inseridos na mente humana como um produto social, e a fala como um ato individual, diferente para cada indivíduo que a utiliza.

Significante X Significado

O significado é a projeção mental de uma palavra, sua imagem acústica. Já o significante, o conceito ou o que aquela determinada palavra quer dizer.
Ou seja, um mesmo significado pode ter diferentes significantes. A palavra cão, por exemplo, gera uma imagem em nossas mentes, uma imagem que é imutável seja esta chamada de “cão”, “dog”, “perro”, “chien”, “cane”, etc.

Sintagma X Paradigma

Saussure descreve sintagma como “combinação de formas mínimas numa unidade linguística superior” e paradigma como “banco de reservas da língua”

Sincronia X Diacronia

Saussure passou a estudar a língua a partir de um dado ponto do tempo (visão sincrônica), a visão diacrônica – que analisa transformações ocorridas devido sucessões históricas – não é tão levada em conta, e sim a análise de determinados aspectos linguísticos naquele momento, sem outras interferências.

Noam Chomsky

Nascido em 7 de dezembro de 1928, na Filadélfia, Estados Unidos. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts está associado como criador da Gramática Gerativa.

Gramática Gerativa

Chamada também de Gramática Gerativista, baseia-se em um sistema de regras direcionadas para competência linguística. Para Chomsky, competência linguística é “a capacidade que o falante tem de, a partir de um número finito de regras, produzir um número infinito de frases.

A gramática gerativa, ainda para Chomsky, é dividida em dois grupos: Gramática Universal, presente em todas as línguas, e a Gramática Particular, a qual usa-se da gramática universal e características únicas de cada pessoa.

Exemplificando, entende-se como Gramática Universal aquela comum a todos os falantes de uma língua materna, e Gramática Particular o uso pessoal da língua.

Segundo alguns pesquisadores, podemos dividir a evolução da Linguística Textual em três partes:

1ª FASE
2ª FASE
3ª FASE
Transfrástica
Gramáticas Textuais
Teoria de Texto

1ª Fase – Transfrástica

Os Linguistas, nesta fase, passaram a analisar as interações entre frases e períodos. Não como objetos únicos e separados, como unidade, mas como um conjunto que deve ser analisado como um todo. Elementos de coesão passaram a ser estudados.

2ª Fase – Gramáticas Textuais

Nesta fase, passaram a estudar o texto como um conjunto com sentido, pela primeira vez. E também considerando que todo texto tem relação com outros, chamado de inferência, pois este se deve pelo conhecimento de quem o escreve, ou seja, o conhecimento deste indivíduo interfere na composição de um texto. Portanto, para se entender plenamente um texto, o leitor deve ter o mesmo conhecimento de quem o escreveu.

Com isso passaram a considerar outras formas de análises de texto, admitir que todos os falantes de uma língua possuem:

Competência formativa: capacidade de produzir, compreender e avaliar a formação de um número infinito de textos.

Competência transformativa: capacidade de transformar um texto, seja resumindo-o, reformulando-o, ou parafraseando-o.

Competência qualificativa: capacidade de produzir e classificar um texto de um determinado tipo ou gênero textual.

Além dessas competências, segundo Koch, todos os indivíduos teriam a capacidade de identificar um texto como um texto, possuir critérios para delimitar um texto e possibilidade de diferenciá-lo.

3ª Fase – Teoria de Texto

Passaram, nesta etapa, a deixar a competência textual de lado. Começaram a se preocupar com o contexto, o conjunto de interferências externas, e a interação entre o escritor e o leitor ou o falante e o ouvinte. A intenção do escritor ou falante ao produzir um texto passou a ser levada muito em conta.


Assim, atualmente, a Linguística investiga e estuda o texto como unidade básica de comunicação e não mais as palavras e frases isoladamente.

By Sthefani Curtz
Posted by Pamela Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário