A Linguística é o estudo científico da Linguagem. Surgiu em
meados da década de 1960, na Europa, principalmente na Alemanha, onde suas
bases foram criadas: o Estruturalismo de Saussure e o Gerativismo de Chomsky.
Ferdinand
de Saussure
Nascido
em 26 de novembro de 1857 em Genebra, Suíça, deu início aos estudos
linguísticos. Saussure ministrou aulas de linguística na Universidade de
Genebra, entre os anos de 1907 e 1910. Três anos após sua morte, em 1916, seus
alunos Charles Bally e Albert Sechehaye compilaram as informações aprendidas
nas aulas e editaram o Curso de Linguística Geral – no qual apresentam-se
diferentes conceitos que serviram de base para a Linguística Moderna.
Entre
outros estudos, as principais contribuições feitas por Saussure foram as
dicotomias:
Língua X Fala (Langue X Parole)
Saussure
considerava a Língua como um conjunto de valores inseridos na mente humana como
um produto social, e a fala como um ato individual, diferente para cada
indivíduo que a utiliza.
Significante X Significado
O
significado é a projeção mental de uma palavra, sua imagem acústica. Já o
significante, o conceito ou o que aquela determinada palavra quer dizer.
Ou
seja, um mesmo significado pode ter diferentes significantes. A palavra cão, por
exemplo, gera uma imagem em nossas mentes, uma imagem que é imutável seja esta
chamada de “cão”, “dog”, “perro”, “chien”, “cane”, etc.
Sintagma X Paradigma
Saussure
descreve sintagma como “combinação de formas mínimas numa unidade linguística
superior” e paradigma como “banco de reservas da língua”
Sincronia X Diacronia
Saussure
passou a estudar a língua a partir de um dado ponto do tempo (visão sincrônica),
a visão diacrônica – que analisa transformações ocorridas devido sucessões
históricas – não é tão levada em conta, e sim a análise de determinados
aspectos linguísticos naquele momento, sem outras interferências.
Noam Chomsky
Nascido
em 7 de dezembro de 1928, na Filadélfia, Estados Unidos. Professor de
Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts está associado como
criador da Gramática Gerativa.
Gramática Gerativa
Chamada
também de Gramática Gerativista, baseia-se em um sistema de regras direcionadas
para competência linguística. Para Chomsky, competência linguística é “a capacidade
que o falante tem de, a partir de um número finito de regras, produzir um
número infinito de frases.
A
gramática gerativa, ainda para Chomsky, é dividida em dois grupos: Gramática
Universal, presente em todas as línguas, e a Gramática Particular, a qual usa-se
da gramática universal e características únicas de cada pessoa.
Exemplificando,
entende-se como Gramática Universal aquela comum a todos os falantes de uma
língua materna, e Gramática Particular o uso pessoal da língua.
Segundo alguns
pesquisadores, podemos dividir a evolução da Linguística Textual em três
partes:
1ª FASE
|
2ª FASE
|
3ª FASE
|
Transfrástica
|
Gramáticas
Textuais
|
Teoria
de Texto
|
1ª Fase – Transfrástica
Os Linguistas, nesta fase,
passaram a analisar as interações entre frases e períodos. Não como objetos
únicos e separados, como unidade, mas como um conjunto que deve ser analisado
como um todo. Elementos de coesão passaram a ser estudados.
2ª Fase – Gramáticas Textuais
Nesta fase, passaram a
estudar o texto como um conjunto com sentido, pela primeira vez. E também
considerando que todo texto tem relação com outros, chamado de inferência, pois
este se deve pelo conhecimento de quem o escreve, ou seja, o conhecimento deste
indivíduo interfere na composição de um texto. Portanto, para se entender
plenamente um texto, o leitor deve ter o mesmo conhecimento de quem o escreveu.
Com isso passaram a
considerar outras formas de análises de texto, admitir que todos os falantes de
uma língua possuem:
Competência formativa:
capacidade de produzir, compreender e avaliar a formação de um número infinito
de textos.
Competência
transformativa: capacidade de transformar um texto, seja resumindo-o,
reformulando-o, ou parafraseando-o.
Competência qualificativa:
capacidade de produzir e classificar um texto de um determinado tipo ou gênero
textual.
Além dessas competências,
segundo Koch, todos os indivíduos teriam a capacidade de identificar um texto
como um texto, possuir critérios para delimitar um texto e possibilidade de
diferenciá-lo.
3ª Fase – Teoria de Texto
Passaram, nesta etapa, a
deixar a competência textual de lado. Começaram a se preocupar com o contexto,
o conjunto de interferências externas, e a interação entre o escritor e o
leitor ou o falante e o ouvinte. A intenção do escritor ou falante ao produzir
um texto passou a ser levada muito em conta.
Assim, atualmente, a
Linguística investiga e estuda o texto como unidade básica de comunicação e não
mais as palavras e frases isoladamente.
By Sthefani Curtz
Posted by Pamela Silva
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Posted by Pamela Silva
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